terça-feira, 20 de outubro de 2009

Breve Biografia de Grande Otelo

Sebastião Bernardes de Souza Prata nasceu em 18 de outubro de 1915, em Uberlândia – Minas Gerais. “Quando o pai morreu esfaqueado e a mãe – cozinheira que trabalhava com um copo de cachaça ao lado do fogão – casou outra vez, ele aproveitou a visita de uma companhia de teatro mambembe a Uberlândia para escapulir. A diretora do grupo, Abigail Parecis, o adotou e o levou para São Paulo. Em seu novo lar, tinha a tarefa de levar a filha de D. Abigail às aulas de piano. Mas Otelo fugiu de novo e, após várias entradas e saídas no Juizado de Menores, foi adotado pela família de Antônio de Queiroz, político influente na época.” (www.istoe.com.br).

Queiroz colocou-o no Colégio Sagrado Coração de Jesus de padres salesianos, onde estudou até a terceira série ginasial. A família adotiva sonhava torna-lo advogado, mas Otelo batia o pé: ia ser artista.

Em 1932, entrou para a Companhia Jardel Jércolis, quando ganhou o apelido que o consagrou. Os amigos o chamavam Pequeno Otelo, por razões óbvias (ele tinha apenas 1,50m de altura), mas ele preferiu o pseudônimo The Great Otelo, em inglês, o que era moda na época. Posteriormente, esse apelido foi traduzido para o português.

Começava assim a carreira de um dos maiores atores brasileiros, que passou pelos palcos dos cassinos e dos grandes shows das mais importantes casas noturnas do Rio de Janeiro. Passou também pelo teatro, pelo cinema e pela televisão, deixando sempre a lembrança de personagens marcantes.

Sua principal atividade foi o cinema. Apareceu pela primeira vez na tela em Noites Cariocas, em 1935. Trabalhou em alguns filmes conhecidos como Futebol e Família (1939) e Laranja da China (1940). Em 1942, participou de It’s all true, filme realizado por Orson Welles no Brasil. Trabalhou também, em 1943, do primeiro filme produzido pela Atlântida: Moleque Tião.

O sucesso se consolidou ao formar dupla com outro grande mito do cinema nacional: Oscarito. Juntos, participaram de mais de dez chanchadas como Carnaval no Fogo, Aviso aos Navegantes e Matar ou Correr.

Mas ele não era apenas comediante. Como ator dramático, marcou presença em vários filmes, dentre os quais Lúcio Flávio – Passageiro da Agonia e Rio, Zona Norte. Em 1982, participou do filme Fitzcarraldo, do alemão Werner Herzog, filmado na selva, no Peru.

Grande Otelo faleceu em 1993, às vésperas de seus 78 anos, de um ataque do coração. Havia desembarcado em Paris, a caminho do Festival dos Três Continentes, em Nantes, onde receberia uma homenagem.

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